10 itens sobre construtivismo e educação tradicional

Veja a análise entre as diferenças entre construtivismo ou educação construtivista e educação tradicional adotada e usada no Brasil até então. Qual o papel do professor e do aluno?

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Perguntas iniciais

A educação que foi usada no Brasil até hoje era a tradicional, mas parece que ultimamente muito se tem falado da educação construtivista. Afinal, qual a diferença entre construtivismo e educação tradicional? Em termos práticos isto muda alguma coisa?

Qual o papel da escola, do professor e do aluno nesta nova concepção de ensinar e aprender?

Escola tradicional

A escola tradicional é aquela que acredito que a maioria de nós já estudou um dia e neste cenário o professor tem um papel muito importante é a responsabilidade de transmitir o conhecimento para o aluno. O aluno por sua vez precisa atentar a aula, realizar as atividades propostas pelo professor de ser submetido a uma prova de avaliação.

Diferenças básicas

Existe uma diferença significativa entre a educação tradicional que conhecemos no Brasil e a educação construtivista definida por alguns pensadores do passado e adotada em muitas escolas e por muitos educadores no presente. Primeiro é preciso considerar que elas partem de pontos de vista diferentes e no aspecto prático as duas abordagens interfere de forma significativa na maneira como professores trabalham com seus alunos e na forma como esses reagem.

Talvez a principal diferença seja que a segunda visa planejar o ensino aprendizado em vista um foco mais específico e talvez mais individualizado.

Vejamos:

Educação tradicional

Educação tradicional parte do princípio de que o professor é uma espécie de centro da aula, onde sua ação é fundamental para a transferência do conhecimento que ele detém para os seus alunos. Normalmente neste modelo de educação o professor utiliza os métodos tradicionais que são as aulas expositivas, aplicação de provas como processo de avaliação, entre outros métodos. Esse tipo de educação tem sido bastante questionado nos últimos anos e praticamente abolido em algumas situações.

Construtivismo

A educação construtivista ou o construtivismo parte do princípio de que o aprendizado deve ser construído ou não necessariamente transferido do professor para o aluno. Neste modelo o professor deixa de ser o centro do aprendizado e passa a ser um mediador, atuando de forma ativa na mediação do aprendizado do aluno. Para isto este professor precisa utilizar de outros meios para levar o aluno a construir o seu próprio conhecimento, entre esses meios que o professor pode ou deve utilizar estão as chamadas metodologias ativas, que pode ser um estudo de casos, uma peça teatral, a análise de um texto ou de um cenário qualquer, pesquisas, entre outros métodos em que o aluno tenha que desenvolver uma interação direta com meio ou com objeto de estudos em si.

Papel da escola

A educação construtivista traz mudanças significativas para todos envolvidos, inclusive a escola. Esta deve também se adaptar em termos de proposta de educação, bem como prover a estrutura necessária para que as aulas sejam mais bem aproveitadas.

Isto significa que não basta sala de aula com cadeiras e lousas, é preciso ir além. De certa forma a educação construtivista é mais cara, pois toda personalização tende a ser mais trabalhosa e cara.

Assim, se um professor decide mudar a forma de dar aulas visando atender às necessidades de aprendizado dos seus alunos, pode ser que esta mudança exija investimentos por parte da escola.

Papel do professor

Na educação construtivista o professor tem um papal um pouco diferente e neste caso ele não é mais aquela figura imponente e dono do saber na sala de aula, sua função agora é ajudar o aluno a construir o seu próprio conhecimento e daí vem o nome construtivismo.

Para o professor a mudança é muito significativa, no caso do construtivismo, porém, ele deve ter um planejamento muito maior e uma atuação muito mais efetiva durante a aula, já que ele deixa apenas de falar o que sabe parar ajudar o aluno a encontrar o que ele deverá aprender.

Papel do aluno

Para o aluno a diferença também é facilmente percebida, já que na educação tradicional ele adota uma postura mais cômoda, limitando muitas vezes a assistir às aulas e se preparar para prova. No construtivismo ele precisa construir algo, ir além e desenvolver habilidades e competências que são previstas para aquele curso.

O papel do aluno na educação construtivista é muito maior do que na tradicional já que cabe a ele desenvolver-se e buscar conhecimento através das suas habilidades, atitudes e outras características que vão ajudar a desenvolver as competências propostas no curriculum que ele estiver estudando.

Mudança de foco

No meu entendimento a mudança é de foco, na educação tradicional o foco está no professor e na educação construtivista o foco volta para o aluno. Mas como disse no início, esta é a minha interpretação e entre os profissionais da educação há muita discussão sobre esses modelos e não há muito consenso de qual deles seria exatamente o melhor modelo de educação.

Qual é melhor?

Sou professor e na escola onde trabalho prevalece o modelo construtivista. Inicialmente eu não gostava muito, mas com o tempo fui percebendo os pontos positivos. É muito difícil generalizar e dizer qual é melhor.

Como quase tudo, é preciso olhar de maneira ampla e ai será possível encontrar pontos positivos e negativos em ambos os modelos. Mas talvez a educação construtivista, se bem trabalhada e considerando limites razoáveis para ela, pode ser mais bem avaliada.

O problema dela é quando há generalizações no sentido de que tudo nela funciona e que não há problemas. Há problemas e nem tudo funciona. Então, o melhor seria aplicar o que funciona, seja da educação tradicional ou construtivista.

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