A economia é muito dinâmica e as alterações em termos de ferramentas e funcionalidades envolvendo transações financeiras também mudam com bastante frequência.
Com as mudanças tecnológicas experimentadas nas últimas décadas, a economia muito se beneficiou disso, especialmente em promover formas de pagamento mais modernas, bem como melhorar a segurança nas transações.
Um bom exemplo disso é a mudança que houve entre o uso de cheques como forma de pagamento para os meios mais modernos como cartão de débito, cartão de crédito e mais recentemente ainda o PIX.
No passado não muito distante o cheque foi uma forma de pagamento muito comum, tanto para transações envolvendo pessoas físicas, bem como para empresas.
O cheque, como todos sabem, é um documento que quando emitido confere ao portador ou a quem for destinado, o direito de ir até o banco para sacar o valor descriminado ali no cheque. Desta forma, ele funciona como uma ordem de pagamento.
O seu uso era relativamente prático e em muitos cenários ele se tornava uma espécie de moeda, já que as pessoas, passavam cheque para terceiros e assim por diante funcionando como uma moeda de pagamento uma vez que ele tinha um valor especificado nele.
Mas o cheque também tinha enormes problemas como fato de em alguns casos não ter saldo suficiente para pagá-lo quando ele era levado ao banco, o que causava problema para o detentor do documento, bem como para o emitente.
A devolução de cheque era algo bem comum e não apenas por motivo de falta de fundos para pagá-lo, havia também problemas de assinatura, rasuras, cheque sustado, dentre outros exemplos.
Os meios de pagamentos digitais já são relativamente antigos, como uso do cartão de crédito, cartão de débito e as modalidades de transferência bancária como o Ted, por exemplo.
Mas foi uma iniciativa mais recente que mudou definitivamente o cenário, trata-se do PIX.
Lançado em 2020 pelo Banco Central, o PIX tem como finalidade promover a transferência de dinheiro de uma conta bancária para outra conta usando uma chave de identificação.
O que tornou o PIX muito popular talvez seja a simplicidade da operação. Tudo que você precisa saber da outra pessoa é a chave, sem a necessidade de ter os dados bancários, número do CPF e outras informações.
Assim cada pessoa poderá criar chaves que pode ser o número do celular, e-mail, número do telefone, chave com números aleatórios e até um QR Code. Uma vez criado ele pode divulgar para as pessoas interessadas esta chave e essas utilizam para efetuar as transferências.
Outro ponto importante é que a transação acontece de forma imediata, ou seja, o dinheiro é creditado na conta da pessoa quase que instantaneamente. Sem contar que o seu uso é gratuito.
Desta forma o PIX praticamente elimina a necessidade do uso de cheques o que é uma iniciativa extremamente importante porque resolve alguns dos antigos problemas que o cheque tinha.
Mas engana-se quem acha que o cheque está morto. Eu mesmo já não utilizava cheque a muitos anos até que recentemente fui surpreendido com uma situação bastante incomum.
Eu estava negociando a compra de um apartamento, como de fato fiz a compra e para minha surpresa a construtora exigiu que o pagamento fosse feito em cheque.
Como o pagamento não seria de uma única vez, eu precisava de deixar alguns cheques pré-datados para serem compensados nos meses seguintes de acordo com a negociação que havíamos feito. Era uma regra da construtora.
O problema é que eu não tinha mais folhas de cheque, pois de fato já tinha parado de usar cheque há muitos anos. Então provisoriamente usei alguns cheques que a minha esposa ainda tinha de um talão antigo dela e fiz a solicitação de um novo talão de cheque para ser trocado quando ele estivesse disponível.
É um caso interessante e pelo menos para mim, bastante incomum, o que mostra que em algumas situações pode ser que você ainda precise utilizar cheques.
Pensar que o cheque será usado extensivamente no futuro é algo bastante improvável, pensar que o seu uso vai desaparecer me parece improvável também, especialmente depois do fato que aconteceu comigo e que citei acima.
É possível que ele continue a existir e ser utilizado em situações pontuais, especialmente em casos como o que citei onde a pessoa que vai receber exige que o pagamento seja em cheque.
Mas o PIX veio para ficar e acredito que ele já seja o principal meio de pagamento e deverá se firmar ainda mais em função da facilidade, velocidade e segurança nas transações.
Já o cheque tanto no passado como no presente continua com os mesmos problemas, tanto para quem recebe como para quem emite. Desta forma o seu futuro deverá ser de uso pontual. É o que eu penso.
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