Tipos de professores e o qual a formação para ser professor

Qual a formação necessária para ser um professor no Brasil? Quais as exigências do Ministério da Educação e das escolas para a contratação de profissionais do ensino. Veja os tipos de professores.

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O professor é uma das figuras mais queridas quase que por todos. Com as devidas exceções, creio que na maioria das pessoas quando encontra com um ex-professor o sentimento é de carinho. Do berçário à universidade, este ajuda a construir, antes de tudo, pessoas que em sua vida sempre se lembrarão das palavras e atitudes daquele que um dia foi seu mestre.

Veja abaixo os diferentes níveis de atuação e quais são as exigências ou formação acadêmica para se tornar um professor.

Professor universitário

Para dar aula no ensino superior é necessário ser mestre, doutor ou especialista. Mestre é quem fez mestrado, doutor é quem fez doutorado e especialista é o título para quem fez uma pós-graduação Lato Sensu. Este tipo de pós é indicada para o mercado de trabalho, enquanto que a pós Stricto Sensu (mestrado ou doutorado) é indicada para a área acadêmica.

Segundo o Ministério da Educação, para que uma instituição de ensino superior seja universidade ou centro universitário é necessário um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado.

Mas na prática há muitos professores com apenas a especialização. Assim, um docente com graduação em Administração e pós em alguma das áreas da administração já consegue dar aulas em cursos de graduação.

O que é muito importante considerar é que além da referida titulação é necessário que se tenha especialização na área em que deseja ministrar aulas.

Outro detalhe muito importante é que professores universitários com mestrado ou doutorado vão ganhar bem mais e isto é meio automático, já que o valor da hora/aula é maior para esses casos e a diferença não é muito pequena, aliás é enorme.

Ensino fundamental e médio

professor ensino fundamental medio

Para ser professor no ensino médio e ensino fundamental, do 6º ano em diante, é necessária a formação superior em nível licenciatura na área em que deseja lecionar. Os cursos de graduação podem ser bacharelados, tecnológicos ou licenciatura. Apenas este último possibilita ao formando atuar como professor no ensino fundamental e médio. As demais titulações são direcionadas a pesquisa ou ao mercado de trabalho em geral.

Por exemplo: professor de matemática precisa licenciatura em matemática, de português precisa de licenciatura em letras e assim por diante.

Para quem não sabe, os cursos de graduação podem ser bacharelado, tecnologia e licenciatura. O único que habita para ser professor no ensino fundamental e médio são os cursos de licenciatura. Por isso é importante fazer a escolha certa caso o interesse seja a docência.

Também é importante dizer que tanto faz se a atuação for na rede pública ou particular, a exigência de formação é a mesma.

Há professores que fazem mais de uma licenciatura e por isso podem dar aulas em mais de uma matéria e há os casos da educação infantil e os primeiros anos do ensino fundamental onde o curso exigido é o de pedagogia.

Educação básica – até 5º ano

Para os professores da educação infantil ou educação básica é necessária a formação superior em pedagogia. Neste caso é possível trabalhar com alunos até o 5º ano do ensino fundamental. Antigamente era exigido o magistério. Hoje é o curso de licenciatura em pedagogia.

Segundo um relatório do MEC, o curso de pedagogia é o 2º mais procurado no Brasil, ficando atrás apenas do curso de administração.

Cursos técnicos

Para atuar em cursos técnicos em tese seria necessária também a licenciatura como descrito acima. Mas em função de certas especificidades de cada curso e levando em conta as diversas modalidades de cursos técnicos, é possível atuar apenas com a formação superior, mesmo que seja um bacharel ou tecnólogo.

Esta é uma política que irá variar de instituição para instituição e também dependendo da modalidade e especificidade do curso como descrito no parágrafo anterior.

Eu por exemplo sou professor em cursos técnicos em uma instituição que atua no Brasil inteiro e faz parte do sistema S e não tenho formação em licenciatura, mas tenho formação superior. Normalmente nos programas de curso que é de uso interno vem especificado a formação necessária dos docentes para aquele curso. Eles seguem basicamente o que coloquei acima, ou seja, a preferência é por formação em licenciatura e não havendo, pode-se considerar formação em nível bacharelado ou tecnologia na mesma área, desde que seja um profissional com competência para o curso e além disso nós participamos de um programa interno "quase continuo" de uma espécie de pedagogia para quem não é pedagogo.

Cursos livres

Os cursos livres são aqueles em que não há regulamentação específica por parte do Ministério da Educação e, portanto não exigências formais para ser um professor. Nesses casos conta a capacidade e as habilidades do profissional designado para a função.

Claro que o princípio é o mesmo dos cursos técnicos, mas aqui não há exigência. Assim, um professor com graduação em licenciatura seria desejado, não tendo, opta-se por qualquer tipo de graduação, desde que seja na área de atuação e por fim, considera-se outras formações, como cursos técnicos. Mas tudo dependerá do curso já que são livres.

São exemplos de cursos livres, os cursos de idioma, informática, pintura, solda, corte e costura, bordado, entre muitos outros exemplos.

Outros termos que podem ser usados para designar cursos livres são: mentoria, coaching, aprimoramento, profissionalizante, formação continuada, dentre outros.

Vale a pena ser professor?

Esta é uma daquelas perguntas clássicas que muitas pessoas fazem e normalmente recebem todo tipo de respostas, afinal para muitas pessoas a docência é uma experiência amarga, mas em geral os próprios docentes avaliam de forma positiva a carreira, mesmo com todos os problemas e desafios que ela proporciona.

É claro que existem casos e casos e de maneira geral creio que a profissão deveria ser mais valorizada, não apenas no aspecto financeiro, mas sobretudo no reconhecimento em função do papel de extrema importância que ela tem para formação da sociedade como um todo.

Um dos pontos muito positivos de ser professor é a possibilidade de você mesclar com outra atividade, como acontece com boa parte daqueles que atua em nível técnico ou superior, por exemplo.

Eu por exemplo além de docente, sou empreendedor e consigo conciliar as duas coisas de maneira bastante equilibrada, e pelo menos no meu caso a docência ajuda na minha atividade empreendedora e o inverso também é verdadeiro.

Desta forma, minha conclusão é que vale sim a pena ser professor, pois acredito que além de ser uma atividade laboral como qualquer outra, sua contribuição para a sociedade como um todo é imensa e isso tem um grande valor.

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