Tenho visto aqui no blog muitas pessoas fazendo diversos questionamentos sobre faculdade a distância e como escrevi alguns posts sobre o assunto é natural que esses comentários apareçam. Na prática o que as pessoas querem é saber se devem fazer uma faculdade a distância e posteriormente como escolher uma instituição EAD. Tentarei responder a segunda questão.
Entendo que ao escolher uma faculdade EAD, o candidato deverá levar em conta todos os critérios que ele usaria para escolher uma faculdade presencial, como:
Além dos critérios citados acima é necessário considerar os critérios específicos da educação a distância e neste caso não só a faculdade deve ser avaliada, como também o candidato deverá se auto-avaliar. Explico.
Na avaliação para escolha da faculdade EAD, creio que os critérios específicos deverão ser a modalidade de ensino: semipresencial ou totalmente a distância, os meios que serão usados para as aulas chegarem até você: vídeo-conferência, DVD, livros, internet, etc, e por último o suporte ou apoio que o polo presencial ou a faculdade irá oferecer.
Paralelamente, você deverá avaliar se o que a faculdade está oferecendo atende à aquilo que você precisa para construir seu aprendizado. Tenho visto pessoas com muitas dificuldades para entender as coisas que eu ou outros blogueiros escrevem. Então eu pergunto: como entenderão aquilo que a faculdade irá oferecer? Será que todas as pessoas terão aptidão para acompanhar as aulas por vídeo-conferência, entrar no site e desenvolver as atividades propostas sem alguém por perto orientando-as com um passo-a-passo?
Não estou dizendo que algumas pessoas não devam matricular-se em uma faculdade, o que estou dizendo é que o critério de escolha de uma faculdade pode não ser tão importante quando aos critérios que cada um deverá aplicar em si mesmo para descobrir se devem partir para a faculdade a distância ou investir em um curso preparatório antes.
Eu fiz um curso superior a distância e posso afirmar que é necessário autonomia e uma boa dose de disciplina. O modelo é fantástico, mas é diferente. Antes de matricular em um curso a distância, tente responder as seguintes perguntas:
O critério é o mesmo que você usaria para uma faculdade presencial, contudo deve-se considerar que a quantidade de cursos superiores a distância são bem menores e está limitado a algumas áreas, como as áreas de administração, tecnologia da informação e educação. São poucas as opções em outras áreas.
Analise suas metas pessoais, o perfil do curso e o mercado de trabalho. Eu fiz uma graduação EAD na área de tecnologia da informação e já trabalhava com tecnologia, portanto não tive grandes dificuldades, mas uma pessoa que tem pouca afinidade co TI talvez não tivesse um bom aproveitamento. Releia acima a questão da autonomia.
Já para a pós-graduação a história é bem diferente, ou seja, as opções de cursos aumentam bastante e se estende a outras áreas. A pós-graduação é diferente da graduação, pois com exceção do mestrado e doutorado ela confere o título de especialista e deve ser encarado como complementação de uma formação (graduação).
Minha dica é escolher um curso de pós-graduação que complemente aquilo que você estudou na graduação. Se você fez uma graduação de pedagogia, por exemplo, não faria muito sentido fazer uma pós em direito, a menos que isso faça parte de uma estratégia de integração de conhecimentos.
Creio que perguntas como essas poderão ajudá-lo a nortear o caminho que você encontrará caso venha a fazer uma faculdade a distância. Vale a pena sim, mas é preciso se preparar para o curso e assim os resultados serão certamente melhores. Sucesso!
Antigamente quando alguém queria fazer um curso superior tinha de ir a escola e frequentar as aulas presenciais, mas atualmente um novo modelo de educação tem uma proposta um pouco diferente: levar a escola até o aluno. Me refiro a educação a distância. Este modelo não é bem visto por muitos, mas é inegável que o seu crescimento é notável no Brasil e não há sinais de enfraquecimento, aliás, creio que ainda tem muito a crescer, tanto em quantidade como em qualidade. Mas por que a educação a distância cresce tanto no Brasil? Tenho algumas sugestões.
Havia e há no Brasil um déficit muito grande de formação superior. Um dia desses eu estava assistindo a Coluna Giro Business da Band News e o entrevistado que era diretor de um grupo educacional no Brasil dizia apenas 18% dos jovens de 18 a 24 anos estão fazendo ou fizeram faculdade e que em países desenvolvidos este número chega a 60% ou 70%. Isto mostra que a educação superior no Brasil ainda é carente e como defendi acima, há muito espaço para crescer.
Mas por que essas pessoas estão fora da faculdade? Desinteresse? Claro que não! Um dos motivos que tirou muita gente das cadeiras universitárias foi os altos valores das mensalidades nas universidades particulares e a enorme barreira chamada vestibular nas universidades públicas.
Na educação a distância o valor das mensalidades é bem menor do que as presenciais e isto tente a alcançar um numero muito maior de pessoas. Leia também o porquê do valor das mensalidades da educação a distância ser reduzido.
Outro fato que acredito ter muita influência no crescimento da educação a distância é o modelo inclusivo que consegue chegar a localidades bem remotas do país e também por proporcionar a inclusão de pessoas com idades mais altas.
As faculdades presenciais têm em sua maioria jovens e estas instituições estão concentradas em sua maioria em grandes centros ou em regiões mais desenvolvidas. As faculdades a distância conseguem chegar a todas as regiões do país e parece que grande parte dos estudantes não são os jovens. Isto faz da educação a distância um modelo muito mais próximo daquilo que a educação como um todo deve ser, ou seja, inclusiva.
É claro que tudo isso requer investimento e mesmo sendo a distância é necessário a criação dos polos de apoio presencial para atender alunos pelo menos um vez por semana na localidade dele. Algumas universidades particulares tem investido pesado na criação de polos em todo o Brasil, Unip, Uninter, Unopar, Ulbra, Estácio de Sá, entre outras. As universidades públicas também vêm investindo em EAD, mas de uma forma muito mais discreta se compararmos com as instituições privadas.
Para finalizar creio que um dos motivos que favorece o crescimento do modelo EAD é a na verdade a quebra de paradigma de que educação tem que ser presencial. Para muitos este paradigma ainda não foi quebrado, mas para a maioria das pessoas, creio eu, isto já é coisa do passado. Lembro-me de quando eu comecei a fazer faculdade a distância em 2007, na época havia muita desconfiança nas instituições, no modelo, no aprendizado, entre outras. Na verdade havia mais perguntas que respostas e hoje podemos perceber quanta coisa mudou e as respostas vieram naturalmente.
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