Abaixo um resumo de cada um desses ditados e a minha interpretação deles.
O ditado popular de que quem planta vento colhe tempestade pode expressar tanto uma verdade como pode trazer um problema em si mesmo.
A verdade é que isto pode ser observado na prática e é um conceito bastante empregado, afinal você colhe as consequências daquilo que plantou.
Aliás este é inclusive um princípio bíblico que está escrito no livro de Gálatas no capítulo 6 e verso 7 que diz: Não se deixem enganar: ninguém pode zombar de Deus. A pessoa sempre colherá aquilo que semear. (NVT). No meio teológico este trecho é conhecido como a lei da semeadura.
Então devemos ter em mente de que as nossas ações vão resultar de alguma forma em consequências, boas ou ruins e isso vai depender muito de como nós semeamos ou plantamos.
Por outro lado, esse ditado também expressa um lado que não deve ser aplicado. Me refiro ao fato de alguém querer usar para aplicar vingança, retribuindo alguém o mal que a pessoa fez a você.
Neste caso, a mesma Bíblia que mostra a lei da semeadura explicado acima, também a ampla em defender o perdão como alternativa para resolver os problemas.
Bastante antigo, ele traz em si uma verdade muito grande. Ele se refere às atividades laborais e também das atividades rotineiras quando feitas com persistência.
Na nossa sociedade existe uma corrida é muito grande para conquistar muito em pouco tempo, mas esse ditado ensina que se você for persistente, ainda que pouco a pouco, poderá conseguir muitas coisas.
Este conceito é bastante empregado na área de investimentos, estudos, mas pode ser empregado também em qualquer área da nossa vida.
Cada macaco no seu galho é um ditado que é usado para indicar que as pessoas devem fazer aquilo que sabe fazer ou se comprometer com aquilo que podem fazer.
Normalmente ele é usado no ambiente de trabalho ou das atividades que exercemos nos diversos locais em que pertencemos.
Assim, um pedreiro deve ser pedreiro, enquanto um médico deve ser um médico.
Ele também pode ser usado para indicar que uma pessoa não deve se propor a fazer aquilo que não sabe, muito embora ela possa aprender a fazer. Mas em geral o ideal é que cada macaco, ou seja, cada pessoa fique no seu galho, isto é naquilo que sabe fazer.
Este é um ditado motivacional para indicar que as pessoas são capazes de fazer as coisas desde que tenha disposição e autonomia.
Quem tem boca vai a Roma quer dizer que se você é capaz de perguntar pelos percursos, poderia ir em qualquer lugar do mundo, inclusive a Roma.
É verdade que precisamos ter disposição e autonomia para fazer as coisas, mas também é preciso empregar esforço, conhecimento e em muitos casos contar com a ajuda de outras pessoas, especialmente no que diz respeito a ter oportunidades.
Onde há fumaça há fogo é um ditado popular usado para demonstrar algum nível de desconfiança em relação a um assunto ou história que não está bem esclarecida.
As chamadas fofocas se orientam muito por esse tipo de ditado. Afinal se alguém disse que fulano de tal fez tal coisa, deve ser verdade ou pelo menos ele deve ter se envolvido com aquilo mesmo. Afinal se existe fumaça é porque existe fogo ali.
Sim, é verdade. A fumaça é uma consequência do fogo, mas usar esta analogia para a vida cotidiana sem levar em consideração os limites e os contextos de cada situação podem ser perigoso.
Embora na questão do fogo seja verdadeiro, creio que na vida das pessoas nem sempre onde há fumaça há fogo e precisamos ter cuidado com esses julgamentos.
Em terra de cego quem tem um olho é rei é um ditado que mostra que em algumas situações você pode ser mais valorizado do que outros.
Existe inclusive um conceito que diz que você pode ser o mais pobre entre os ricos ou mais ricos entre os pobres. O mais forte entre os fracos ou mais fracos entre os fortes e assim por diante.
Então, de certa forma você é medido pelo contexto onde você está inserido.
Este ditado popular é usado para refletir a ideia da prudência de não abrir mão de coisas que temos para buscar outras maiores em nome de uma aventura ou de algo que não seja muito certo.
A prudência é uma virtude humana que precisa ser levado muito a sério e em muitas situações é melhor ter um pássaro na mão do que um monte deles voando. Neste sentido o ditado é muito válido. Porém existem casos que precisamos nos arriscar um pouco. É importante cada um avaliar cada situação e tomar as decisões prudentes.
O ditado popular quem não arrisca não petisca é um pouco o inverso do anterior. Se no anterior ele prega a prudência, aqui esse ditado prega a ousadia.
Como já foi dito acima as duas coisas são importantes e vai depender um pouco do contexto, da situação, da necessidade e da disposição de cada um e correr riscos ou não.
Em certo sentido é preciso arriscar, em outros não.
Este ditado é muito questionável e particularmente eu não concordo de forma alguma com ele. A ideia de que a ocasião faz o ladrão mostra que as pessoas estão propensas a roubar, o que falta na verdade são oportunidades.
Primeiro que isso não é uma verdade universal e segundo que não deve ser nenhuma verdade particular de ninguém.
O caráter de uma pessoa deve ser medido havendo oportunidade de cometer um delito ou não. O que você faz em oculto e o que você faz em público reflete quem você é e portanto no meu ponto de vista a ocasião não deve de maneira alguma fazer um ladrão. Aliás o ladrão nem deve existir.
Quem espera sempre alcança é um ditado popular usado para reforçar a virtude da esperança que é algo poderoso e precioso. Quando uma pessoa perde a esperança, em tese ela acaba perdendo tudo.
Assim esse ditado também reforça a paciência, afinal esperança e paciência andam juntos.
Infelizmente, no plano humano e nas relações pessoais isto nem sempre se consolida, pois muitos esperam por alguma coisa e acaba nunca alcançando. Ainda assim é uma verdade que precisa ser cultivada.
No plano espiritual, como cristão, creio que essa verdade seja 100% aplicável pois quando esperamos em Deus certamente iremos receber.
Este ditado é um pouco verdadeiro e eu mesmo já presenciei algumas situações em que ele se encaixa. Quando você vende um automóvel ou uma casa às vezes é comum as pessoas interessadas em comprar colocar diversos defeitos.
Essa estratégia não é nada nova e o objetivo é tentar abaixar o preço ou melhorar as condições para quem está comprando. Portanto se for vender alguma coisa fique atento a esse detalhe que embora não se aplica a todos os casos, mas infelizmente em outros sim.
Em casa de ferreiro espeto de pau é o ditado popular usado para as chamadas gambiarras que fazemos com bastante regularidade.
Um arquiteto que tem a casa mal projetada, o motorista que anda de carona, o analista de sistemas que usa anotações em papel, dentre outros exemplos.
As gambiarras fazem parte da vida do brasileiro e ele é especialista nessas coisas então em muitos casos somos profissionais na empresa, mas em nossa própria casa não praticamos aquilo que fazemos profissionalmente. Esta é a ideia.
Quem fala muito pouco acerta é um ditado que pode ser verdadeiro em algumas situações, afinal de contas falar muito não é uma virtude, até porque com excesso da fala você acaba falando coisas indevidas.
É claro que isso não é verdade quando se aplica uma pessoa preparada para falar como que tem a fala como profissão, como acontece com professores, palestrantes, vendedores dentre outros.
Problema é quando as pessoas falam pelo simples falar ou falam demais nesse caso é mais propenso cometer equívocos.
Este ditado mostra que em muitas situações não adianta você reclamar pois a situação não vai ser alterada pelo simples fato de você não concordar, reclamar ou rejeitar o resultado de algo.
Infelizmente existem coisas que são definitivas ou que não mudaram facilmente. Então nessas situações a melhor coisa que temos a fazer é aceitar e aprender a conviver com aquilo.
Canta seus males espanta é também um ditado bastante antigo e ele traz consigo a ideia da alegria e reforça bastante essa virtude.
Realmente, uma pessoa não vai cantar estando triste ou preocupada, pelo menos não de forma espontânea.
Então se uma pessoa está ocupada com alegria e com canto, não terá tempo para pensar em problemas ou ficar se envolvendo em coisas negativas. Neste sentido você acaba ficando longe desses problemas e isso é algo muito bom.
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