Estudar na educação a distância ajuda no mercado de trabalho?

Veja este artigo que faz uma análise do tema: O mercado de trabalho e a educação a distância, os alunos de hoje e profissionais de amanhã. Relação de EAD e trabalho.

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Muitas pessoas que desejam fazer uma faculdade a distância têm alguma preocupação em relação à aceitação ou não pelo mercado de trabalho. Uns usam a expressão reconhecimento pelo mercado de trabalho, outros apenas aceitação, mas no fundo a preocupação é a mesma.

O mercado de trabalho

O mercado de trabalho formal sempre opta por aquilo que é mais formal, ponto. O mercado menos formal tente a observar a capacidade do indivíduo e não apenas a sua formação. Então, diante disso é evidente que a preocupação com o mercado de trabalho poderá se justificar ou não.

É certo que quanto mais bem qualificado uma pessoa estiver, mais apta poderá estar para o mercado de trabalho e portanto estudar é sempre um ponto importante.

Existe, contudo, uma definição que é inclusive da educação técnica, onde ela olha a formação de uma pessoa a partir dessas perspectivas:

  • Conhecimento: Diz respeito ao que a pessoa sabe ou ao que ela estudou e portanto a formação educacional em si.
  • Habilidade: Diz respeito a maneira como a pessoa consegue fazer determinada coisa ou se ela tem a habilidade para tal. Uma pessoa pode conhecer a receita para fazer um bolo, mas ao tentar fazer o bolo ela se atrapalha e o resultado pode não ser o melhor. Isto está muito relacionado ao treinamento.
  • Atitudes: Diz respeito a responsabilidade da pessoa e como ela cumpre os protocolos, horários, trabalho em grupo, entre outros. Este ponto nos leva ao próximo ponto: Valores.
  • Valores: Diz respeito a formação como pessoa, o que ela acredita, o que defende e portanto como ela encara a vida e consequentemente o trabalho. Atitudes e Valores estão muito relacionados.

Olhando para esses pontos podemos ter uma ideia melhor de como o mercado de trabalho avalia uma pessoa e como esta deve se preparar para tal.

A educação a distância

A educação a distância é um modelo sério, legalizado e amplamente amparado pelo MEC, sem contar que hoje ele é adotado em quase todas as faculdades e universidades do Brasil, então, sob esse aspecto não há com o que se preocupar.

Então, do ponto de vista do conhecimento, a educação a distância tem condições sim de preparar uma pessoa para o mercado de trabalho, desde que essa pessoa leve o curso a sério. Mas como vimos acima, há outros fatores que ai eu creio que a educação a distância não cumpre bem ou não é seu papel de cumprir.

A questão da habilidade pode não ser o forte deste modelo, mas questões como atitudes e valores nada tem a ver com o modelo EAD, nem com presencial.

Os alunos de hoje e profissionais de amanhã

O que me preocupa na verdade não é o que o mercado e trabalho acha ou deixa de achar da educação a distância e sim o tipo de profissional que as faculdades EAD vão enviar para o mercado. Receio que muitas pessoas estejam despreparadas para enfrentar um curso a distância e consequentemente para ingressar no mercado de trabalho em que se pretende formar.

Tenho visto aqui no blog pessoas com sérias dificuldades de compreensão de um simples texto que escrevo. A prova disso são os comentários de rodapé, em alguns posts, boa parte dos comentários são indagações que já foram respondidas no próprio texto. O que fazer? Será que não leram? Será que leram e não entenderam? Seja qual for o motivo, a situação é grave. Sem contar muitos erros de português. Não estou falando de concordância, já que isto mais comum, mas erros de ortografia ou palavras escritas erradas mesmo.

Não estou criticando as deficiências de ninguém, afinal, eu também cometo erros, mas o que quero dizer é que faculdade não corrige esses erros e certamente eles irão parar no mercado de trabalho.

É verdade que os baixos custos das mensalidades EAD e a comodidade que ela oferece tem atraído a atenção de muitos e isto é bom, mas é preciso entender que a faculdade é uma extensão e não o básico.

Sei que a minha análise pode parecer dura, mas ela tem um objetivo nobre que é dizer para muitos que eles precisam preparar melhor para enfrentar uma faculdade a distância, para depois terem melhores condições para enfrentar o mercado de trabalho.

Façam cursinhos ou estude por conta própria, a internet tem muito conteúdo gratuito. Crie o hábito de leitura e procure se informar melhor sobre a área em que deseja estudar. Lembre-se: português e matemática ainda são bichos de sete cabeças, até na faculdade eles costumam tirar o sono de alguns.

Minha conclusão é que haverá sim empresas que irão torcer o nariz para quem fez uma faculdade a distância, mas isto não é regra no mercado. Preocupe-se com a sua formação e faça a diferença, pois se assim for, o mercado irá recebê-lo sem nenhum problema.

Importância da qualidade de vida no trabalho

Um dia desses eu vi um vídeo bem curtinho do pastor Ed René Kivitz da Igreja Batista da Água Branca em São Paulo sobre a questão de ser feliz. No vídeo ele relata sua experiência quando criança e a expectativa que sua geração (a dele e a minha também) tinha sobre o sucesso no trabalho como uma forma de realização na vida e consequentemente ser feliz.

Antes de continuar a ler, gostaria que você assistisse o vídeo, pois suas palavras servirão como plano de fundo para aquilo que entendo ser de vital importância para a qualidade de vida no trabalho.

Quanto tempo você passa no trabalho? Ou fazendo uma pergunta mais abrangente: quanto tempo você passa envolvido com o trabalho? Quando respondemos esta pergunta entendemos que passamos boa parte da vida trabalhando ou envolvido com ele, logo se ele não traduzir em algum benefício além do salário, pró-labore, dividendos ou outra forma de remuneração é bem possível que iremos passar a vida frustrado.

O que é qualidade de vida no trabalho?

O conceito de qualidade é subjetivo e portanto não é possível defini-lo de forma a atender todos os casos. As empresas investem em plano de carreira, benefícios financeiros e sociais, entre outros. Todos devem conhecer as histórias do Google onde a empresa as vezes se confunde com um parque de diversão, sala de jogos ou academia. Outras empresas como a Microsoft, os funcionários também tem regalias e muitas outras empresas devem ter.

Eu acho que tudo isso é muito válido dentro de cada contexto, evidentemente, mas acredito que o ponto central da qualidade de vida no trabalho não parta somente das empresas e sim dos funcionários ou colaboradores, como usam dizer hoje em dia.

Minha experiência

Eu estava um pouco infeliz com meu trabalho, aliás com meus dois trabalhos. Durante o dia atuava em uma agência de publicidade e produtora de internet e a noite dava aulas no curso técnico de informática em uma conceituada rede de escolas técnicas no Brasil.

O tempo era meu grande inimigo, havia outras coisas a serem feitas, meu filho estava crescendo e as vezes eu mal via ele no dia. Durante muito tempo sustentei esta situação, mas queria mudar e depois de analisar uma tendência que estava ganhando força no Brasil, resolvi adotá-la: o Home Office.

Aliado a outros acontecimentos, foi uma decisão que traduziu em qualidade de vida acima de tudo. Sem trânsito e sem horários específicos. Embora eu tenha trabalho mais, pelo menos trabalho nos horários que há melhor possibilidade de produção ou em horários possíveis.

Para mim a qualidade não foi só uma questão de dinheiro ou de benefícios sociais, mas de ter tempo, como buscar meu filho na escola ou  não precisar almoçar correndo para aproveitar e ir ao banco no horário do almoço.

O que é qualidade de vida para você?

Nenhum exemplo pode ser adotado sem considerar a condição de cada indivíduo. Meus óculos são ótimos para mim, mas pode ser horrível para você. Penso que pautar a vida por dinheiro e usar o trabalho para conseguir isso a qualquer custo seja uma alternativa no mínimo infeliz. Trabalhe muito, mas viva também. Tente encontrar o meio termo e sempre pergunte para você mesmo: o que é qualidade de vida no trabalho para mim?

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